Antes de falar, ame. E antes de sair falando para o mundo o quanto ama prove primeiramente para quem você ama. Nem todos que estão ao nosso redor fazem parte do nosso mundo. E quem faz, cá entre nós, merece exclusividade.
Parei para pensar esses dias: eu não falo muito de amor, nem costumo fazer declarações via twitter, facebook, entre outras redes sociais. E sim, eu vejo muitas pessoas fazendo. Às vezes é fofo. Mas tudo tem um limite.
As pessoas adoram ‘’gritar’’ o amor, muitas vezes esquecendo que o amor se passa dentro de nós. Outras amam tanto que depois que terminam um relacionamento, no próximo dia já começam a ‘’gritar’’ novamente. Mas agora é diferente. Já não amam mais, isso mesmo, de um dia para o outro o pra sempre virou nada, elas ''estão solteiras e ninguém vai segurá-las.’’ Tudo bem, todo fim de relacionamento é difícil. Mas o que eu tenho visto ultimamente são pessoas querendo provar para as outras o quanto estão felizes. Elas acabam se rebaixando a um nível baixíssimo só para mostrar algo que não são, expor algo que não sentem. Acabam fazendo tudo ao contrário. Ao invés de pensar nelas próprias, vivem para as opiniões alheias. ‘’Eu vou fingir ser assim porque eu tenho que parecer bem. ‘’ E tudo que precisam é se sentir bem de fato. Mas passam a maior parte do tempo enganando. Se ‘’auto-enganando''.
É que as pessoas estão em volta só observando o que está acontecendo. E elas não devem saber de tudo que se passa em nossas vidas. Viver não pode ser um livro aberto. Não deve ser. Pois a inveja existe.
Já me perguntaram por que eu não falo muito sobre meu relacionamento na internet, e a minha resposta foi clara:
Quem eu amo, já sabe o quanto eu amo. E eu não preciso provar para mais ninguém.
Ele sabe, eu sei. Basta.
E como diria o Grande Caio Fernando Abreu:
''Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, "embonitar" a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito."
Françoíse A. Machado