terça-feira, 12 de julho de 2011

Eu me lembro das flores, do céu aberto, e das nuvens que pareciam formar desenhos. Estava calor, mas havia uma brisa gostosa de vez em quando. Teu sorriso iluminava mais ainda meu dia. Ficaria ali para sempre.
Foi uma conversa boba, mas foi o início de quase tudo, porque é claro que já tínhamos um pouco. Ou melhor, acho que foi o início do meio.

- Há tanta beleza no mundo!

- Sim, há de tudo. Até beleza.

- Até?

- Até.

- Eu gosto daqui.

- E eu gosto de você.

- E daqui também, não?

- Gosto daqui quando tem você. Caso contrário não teria sentido.

- Mas, foi você quem me trouxe até aqui. Costumava vir sozinho, não se lembra?

- Eu procurava um sentido.

- E agora?

- Agora eu já encontrei.
Françoíse A. Machado.

sábado, 9 de julho de 2011

Papel, caneta, falta do que fazer. Escrevi.
É preciso de tão pouco e ao mesmo tempo uma imensidão de coisas para escrever. É precido de nada. E tudo.

                                       

Nós as interpretamos, relacionamos com pessoas e acontecimentos. Elas são tão inocentes que chegam a ser culpadas.

''Música: música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchnea arte das musas) é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo, ou não, uma pré-organização ao longo do tempo.''

Notinhas tão importantes. De si fazer um sol. De mi ter um . De ir para lá.
Vejo melodias em letras.  
Falando em notas. Tocando com letras.

Eu julgava as pessoas pelo que elas ouviam, mas percebi que o estilo de música é apenas compatível com a felicidade. Ou a falta de.
Melodias vazias só são vazias se a vida estiver sem sentido algum, ou com sentidos demais. Sem sentido para sentir, ou com sentidos suficientes para não precisar completar com um pouco de música. Impossível.

Elas se encaixam, como se fizessem parte das nossas vidas. Elas tocam a gente ri, chora, lembra. E revive.
Eu não sei se vivo sem, nunca tentei. E nem pretendo também.




Françoíse A. Machado